quarta-feira

Allons-y!





Abandonei precipitadamente a igreja. Quando os pneus chiaram ainda ouvi uns gritos hispânicos, e a automática do tipo no passeio da direita saía do coldre quando passei por ele já a puxar a segunda. Os pneus chiaram na curva à esquerda, entre as buzinas do semáforo vermelho, e passaram a fundo pela estação de comboios. Subi a castelhana, e o velho hábito de ter sempre a mochila guardada na mala do carro preto levou-me, sem remorsos, a entrar na M4 em direcção a nova fronteira.
Entrei na última bomba da Elf antes do face-a-face com os gendarmes. O dia vinha caindo desde Madrid, e a noite apresentava-se ameaçadora, num vento soprado que arrastava perceptíveis nuvens baixas carregadas de mau-humor. Comprei o Figaro e descobri, nas folhas abertas da página 15, enquanto sorvia um Pernod e trincava um croissant, sinal de que continuava em território proibido - "(...) en conduisant une voiture sportive, à échapé aux essais de la police espagnole pour l'arreter aux milieu d'une rue du centre de Madrid. Il s'agissait du suspect d'avoir tué le président du(...)".
Allons-y!

1 comentário:

Anónimo disse...

Sempre a viajar... era bom que Varsovia tambem pudesse ser fonte de inspiracao para uma destas estorias!

polaco